quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

UFERSA divulga edital do PSV para o curso Educação do Campo – LEDOC

A UFERSA divulga edital para o processo seletivo vocacionado do curso de licenciatura em educação do campo. Serão oferecidas 90 vagas para o curso de graduação da LEDOC, sendo 30 (trinta) vagas para início em 2014.1 e 60 (sessenta) vagas para início em 2014.2.

O curso LEDOC  visa contribuir para a valorização da educação do campo voltada para a realidade do semi-árido. Os/as educadores/as do campo formados pela UFERSA estarão preparados para compreender a realidade social e cultural específica das populações que vivem no e do campo e incorporar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento social. O curso pretende conferir o Diploma de Licenciatura em Educação do Campo com habilitação para docência multidisciplinar nos anos finais do Ensino Fundamental e Médio, com as seguintes habilitações: “Ciências Humanas e Sociais” e “Ciências da Natureza”.

Este curso será ofertado em regime de alternância entre Tempo Escola e Tempo Comunidade. O Tempo Escola será desenvolvido durante o semestre acadêmico com duração intensiva, em regime de tempo integral, de forma predominante no turno da manhã com atividades eventuais à tarde. O curso funcionará na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) - Mossoró. O Tempo Comunidade será desenvolvido de forma intensiva nos locais de moradia e/ou de trabalho dos estudantes, nos demais campi da UFERSA, por meio de projetos de estudos vinculados ao contexto e às escolas do campo.

De acordo com o Edital poderão se candidatar ao processo seletivo Professores em exercício nas escolas do campo da rede pública que tenham o ensino médio concluído e não tenham formação de nível superior; Profissionais da educação que atuem nos centros de alternância ou em experiências educacionais alternativas de Educação do Campo, vinculados a movimentos sociais ou sindicais do campo, que tenham o ensino médio concluído e ainda não tenham formação de nível superior.

O curso também é voltado para Profissionais da educação com atuação em programas governamentais que visem à ampliação do acesso à educação básica da população do campo, que tenham o ensino médio concluído e ainda não tenham formação de nível superior; e  Jovens e adultos de comunidades do campo que tiverem concluído o ensino médio ou curso equivalente e não tenham formação em nível superior.
Para realizar as inscrições, os candidatos deverão acessar o EDITAL Nº. 019/2014

http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/15/PROGRAD/ledoc/2014/Edital%20vestibular%202014.2-%20publicado.pdf

CURSO DE PEDREIROS E PEDREIRAS CHEGA A SUA RETA FINA

Continua o curso de pedreiros e pedreiras na comunidade de Permissão em Janduís/RN, aproximadamente 20 pessoas estão participando das aulas. Ao término do curso, os pedreiros terão construídos duas cisternas calçadão. Diante dos desafios da seca, a construção de uma tecnologia desse porte, traz a segurança da produção alimentar das famílias do campo, tendo em vista que a forma de captação de água é rápida e prática.

Cada cisterna pode armazenar 52.000 litros de água. Vale salientar, que a água é um recurso básico para a sustentação humana em um ambiente, e ao longo do tempo várias civilizações evoluíram e padeceram em função de sua relação de uso com este recurso. O conhecimento tradicional sempre relacionou diversos sinais do ambiente, plantas, comportamento da flora e fauna, a formação de nuvens, etc, com eventos relacionados à água.

Atualmente a água é tratada pela civilização moderna como um recurso rico e ilimitado. O uso sustentável da água consiste em estabelecer o máximo de elementos de captação, armazenamento, e reciclagem; preferindo armazenar água nos pontos mais altos e reciclar água o quanto for possível.

A Captação da água da chuva é uma solução prática e confiável para o abastecimento das tecnologias do P1+2. A água da chuva normalmente precipita limpa é livre de poluição e, se captada e armazenada de forma correta pode suprir as necessidades de uma família durante todo o ano.







sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"Profissional" do DNOCS chama agricultor de mentiroso no IFRN de Apodi!



O IFRN Campus de Apodi está realizando o 2º EXPOTEC e dentro da programação hoje por volta das 9 horas teve uma palestra mesa-redondo facilitada por: Emerson Fernandes Daniel Junior - diretor geral do DNOCS e Bernadete Maria Coelho Freitas da FAFIDAM-UECE, na oportunidade os mesmos expuseram sobre o tema: desafios e perspectivas do perímetro irrigado Santa Cruz na chapada do Apodi. Até que enfim, o Campus de Apodi resolveu fazer um debate de um assunto que já é debatido em outros estados e também fora do Brasil. 

A professora Bernadete iniciou apresentando os principais desafios e problemas existentes nos perímetros irrigados, principalmente, na chapada do Apodi do estado do Ceará tendo em vista que é nesses espaços onda a mesma desenvolve as suas pesquisas de doutorado. Em sua fala ficou cada vez mais evidente o descaso e a impunidade, onde os que detém a força - política, policial e econômica - é quem manda e tratoram e desrespeitam os agricultores e trabalhadores. Ao fim da exposição enfatizou a maneira erronia com que esses perímetros são instalados e apresentou a solicitação do procurador federal de paralisação das obras do que estar sendo implantado na chapada do Apodi no Rio Grande do Norte por desrespeitar, principalmente, os processos e modificações do projeto sem debater com a sociedade. 

O diretor do DNOCS, Emerson Fernandes que falou em seguida, iniciou sua fala engrandecendo o governo federal  e desqualificando a da professora ao enfatizar que os perímetros implementados pelo DNOCS não faz uso de agrotóxicos da forma que a educadora havia exposto. Esbanjou elogios, por demais, ao projeto da chapada do Apodi, assumiu que o projeto já teve varias modificações - vale salientar que as modificações lá existentes foram as que outrora haviam sido questionadas pelo movimento social organizado. Falou muito, apresentou as diversas vantagens que o projeto de irrigação da chapada do Apodi - denominado de projeto da morte - trará para os seus envolvidos e idealizadores.

Aberto para as perguntas e questionamentos dos participantes, dentre outras e fechando o primeiro bloco de perguntas um agricultor da comunidade Palmares fez o seguinte pronunciamento: "moro na comunidade Palmares, é um projeto da Força Sindical onde vivem 28 famílias assentadas. tenho um lote de 12,8 ha de onde tiro o sustento da família e produzo alimentos para os animais como, também, já cheguei a possuir mais de 100 cabeças de animais nesse lote. Essa pergunta é para todos que estão aqui: com essas potencialidades, é possível um técnico do DNCOS afirmar que essa é uma área improdutiva?" 

Ao responder aos questionamentos o diretor do DNOCS disse que não tinha compreendido o questionamento e que não tinha nenhum conhecimento de nada dessa comunidade e o agricultor repetiu o questionamento: "Essa pergunta é para todos que estão aqui: com essas potencialidades é possível um técnico do DNCOS afirmar que essa é uma área improdutiva?" e acrescentou: "temos até um boletim de ocorrência (BO), pois a empresa contratada pelo DNCS para executar as obras do perímetro invadiu lotes sem autorização, derrubou arvores, fez escavações e dizer que não tem conhecimento é um absurdo!" Nesse momento um profissional do DNOCS por nome de Bartolomeu pegou o microfone e disse: "diretor esse homem/agricultor estar mentindo, fizemos vistoria e lá não tem plantado nenhum pé de alface".  

O pronunciamento desse profissional - se é que pode receber esse nome - causou um visível mal estar entre os presentes. Ao termino do evento, já quase 13 horas, com a problemática do tema o debate foi prolongado, perguntamos para o "batalhão do DNOCS" que estava lá se o Bartolomeu não ia se desculpar com o agricultor, eles nada responderam e apressaram o passo para sair mais rápido do local. Causa indignação ver a que ponto chegou o trato com a agricultura familiar nesse País. Chega a revoltar o cinismo desses indivíduos que se apropriam daquilo que deveria ser para promover o bem comum e se auto promovem. 

Diante disso questionamos: O que vamos fazer? Vamos ficar olhando o DNOCS passar tratorando e desqualificando a fala dos agricultores num espaço público de debate e de educação? Permitir que a soberania e os direitos desse povo seja espoliada? Qual a posição dessa rede que tem como fundamento defender os direitos e a qualidade de vida dos agricultores e agricultoras no Semiárido Brasileiro Potiguar? 

Desejamos que de fato aquilo que denunciamos na Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi possa eclodir em todos os cantos e recantos, pois como bem sabemos, a problemática do Apodi é a mesma em muitos outros lugares, só que com nomes diferentes: eólica, bel monte, trans-nordestina, usina nuclear, terra indígena, atingidos por barragens... (a lista é infindável).

Contamos com o posicionamento e apoio de vocês. 


Atenciosamente,

Yure Paiva
Assessor Pedagógico/ASA Potiguar

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Experiências satisfátorias do Semiárido

Francisca Rita de Brito
Contemplada com uma das tecnologias do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) a agricultora Francisca Rita de Brito é só felicidade. Moradora da Comunidade de Permissão no Município de Janduís/RN, Rita vive em função daquilo que produz, além da agricultura, ela produz medicamentos caseiros e participa da Feira Agroecológica da Economia Solidária.

Desde o ano de 2006 essa Feira é formada por Agricultores familiares que apostam  na adoção de um projeto com características típicas da economia popular e solidária. A feira é realizada com base no reconhecimento da importância da agricultura familiar, que tem características voltadas para a comercialização de produtos naturais, sem a aplicação de agrotóxico, produzidos em parceria pelas famílias do município. Os produtos passam a ser disponibilizados aos consumidores todas as segundas-feiras, no Mercado Público Municipal, onde é realizada a feira livre.


A ideia nasceu em conjunto com as ONGs Associação Santa Teresinha, Visão Mundial e Centro Padre Pedro Neefs. O projeto conta ainda com o apoio técnico do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Janduís e Fórum dos Movimentos Populares de Janduís.

Com a chegada desta tecnologia a casa de Dona Rita, sua expectativa só aumenta em torno do aumento de sua produção. Na Feira Agroecológica ela comercializa aves, como galinha, peru, pato, entre outros, bem como, doces e cocadas. Além disso, ela também faz parte de um grupo de mulheres que produzem e comercializam medicamentos fitoterápicos. Com a chegada da segunda água, sua produção tende a aumentar, melhorando cada vez, sua renda e de sua família. Segundo Dona Rita “a coisa vai ficar muito melhor agora”.

                                        








P1+2 INICIA CURSO DE PEDREIRO




Foi aberto oficialmente na manhã desta terça-feira (18), o curso de pedreiro do Programa Uma Terra e Duas Águas. No primeiro momento foi apresentada a equipe do P1+2 pela Coordenadora Técnica Martilene Duarte, que também destacou a importância do Centro Padre Pedro Neefs para o nosso município, tendo em vista, que o CPPN é uma ONG que tem por finalidade, incentivar as práticas agroecológicas e solidárias, no sentido de fortalecer a agricultura família respeitando as relações de gênero, geração e etnia. Além disso, Martilene Duarte também destacou a importância das tecnologias do P1+2 para as famílias do campo.

Na oportunidade estiveram presentes representantes do SINTRAF (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar). O Sindicalista Raimundo Canuto de Brito frisou a importância das construções das cisternas nas comunidades rurais, já que essa segunda água vem para fomentar cada vez a produção dos agricultores e agricultoras.

Inicialmente estiveram presentes no curso aproximadamente 20 homens, esse número tende a aumentar já que o curso terá duração de 10 dias. Para dar essa capacitação foram contratados dois instrutores, Severino Menino e Josivam, ambos com uma longa experiência na construção de cisternas, já tendo inclusive participado de outros programas.

Para o Animador do P1+2 Francisco Fernandes a tendência é que o curso atinja uma boa participação, bem como as expectativas do Programa, tendo em vista que o conhecimento é o alicerce fundamental para qualquer bom profissional. Além da parte teórica, os participantes vão participar da construção de uma cisterna-calçadão, tendo dessa forma, a parte prática da obra.

O curso acontece na casa de Seu Chicão na comunidade de Permissão em Janduís/RN, além do nosso município, participa também do curso, pedreiros da Cidade de Olho D’água do Borges. 


Coordenadora Técnica - Martilene Duarte
Presidente do SINTRAF - Raimundo de Chicão
Animadores do P1+2 - Francisco Fernandes e Franciélio Duarte
Comunicador Popular - Adriano Oliveira
Escavação da Primeira Cisterna-calçadão

Alunos do Curso de Pedreiro já preparados para o inicio da aula